quarta-feira, 11 de março de 2015

O feminino de "presidente" é "presidenta"?

Se podemos dizer "presidenta",
por que não podemos dizer também
"gerenta"?

Embora 
respeitados mestres 
da língua portuguesa
defendam o uso 
da palavra "presidenta", 
isto contradiz o que aprendemos nas escolas. 


Uma regra básica que aprendemos sobre palavras da língua portuguesa que terminam em "ente" e que significam uma situação temporária é a que diz que, em casos assim, essa terminação não varia de acordo com o gênero (masculino ou feminino). Por exemplo, dizemos que uma pessoa está presente em um local porque a qualquer momento ela poderá sair de lá. Portanto, seja um homem ou uma mulher, está "presente". Não existe a palavra "presenta". 
O mesmo ocorre com relação a pessoas que ocupam cargos políticos, empresariais, etc. A palavra "gerente", que identifica o cargo que uma pessoa ocupa numa organização, é a mesma para o homem e para a mulher. Não se utiliza a palavra "gerenta". A mesma coisa acontece com palavras como "atendente", "assistente", "intendente", "superintendente", etc. São situações temporárias porque são cargos que podem ser deixados pelas pessoas por aposentadoria, mudança de emprego, mudança de cargo, demissão ou qualquer outro motivo.
Uma pessoa (homem ou mulher) que ocupa o cargo de presidente (de uma empresa, de um país ou do que for) é também uma pessoa que está em uma situação temporária. Mesmo se o cargo for vitalício, a pessoa o deixará quando morrer. Portanto, se o feminino de "presidente" pode ser "presidenta", não há razão para que o de "gerente" não possa ser também "gerenta".

Foto: Arquivo Google

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